Camille Claudel

Uma Mulher

2010-01-01



Camille Claudel e o ambiente cultural da sua época

O ambiente cultural e artístico na segunda metade do séc. XIX, em França, mas especialmente em Paris, fervilha de movimentos intelectuais, literários e artísticos, como nunca antes acontecera no mundo. Trata-se de uma época única na história da arte mundial, uma época de fulgor brilhante, uma autêntica forja em que se misturam e convivem correntes e estilos dos mais diversos e díspares, um louco melting-pot de imensos artistas trilhando caminhos muito díspares. Era um mundo de ansiosa procura artística e literária, onde tudo coexistia: Romantismo, Parnasianismo, Ultra-romantismo, Realismo, Naturalismo, Simbolismo.

Que dizer, de facto, desta autêntica plêiade de artistas contemporâneos de Camille Claudel, alguns dos quais com quem terá mesmo convivido - Auguste Renoir, Henri Rousseau, o fabuloso Toulouse-Lautrec, Claude Monet, Paul Cézanne, Edgar Degas, Vincent Van Gogh, Paul Gauguin, Charles Baudelaire, Victor Hugo (ambos já em avançada idade), Paul Verlaine, Arthur Rimbaud, Émile Zola, Honoré de Balzac, Anatole France, Stéphane Mallarmé, Jules Renard, Pierre Louis, André Gide, Walt Whitman, Gabriele D’Annunzio, Loïs Fuller, Isadora Duncan, Antonin Dvorák, Franz Liszt, Georges Bizet, Ruggero Leoncavallo, Richard Wagner, Claude Debussy, Sarah Bernhardt, Henrik Ibsen?

É, pois, neste fabuloso cadinho artístico que Camille Claudel nasce, vive e produz a sua obra, frequentando primeiro os círculos literários de seu irmão Paul, onde se encontram personalidades como Stéphane Mallarmé, Jules Renard, Pierre Louis, André Gide, Claude Debussy ou ainda o americano James Whistler, e depois, ainda que contrafeita, acompanhando Rodin, principalmente às terças-feiras nas tertúlias em casa de Mallarmé.





(por Ruben Marks)